PROMESSAS FLORIDAS

E foi em vão que ele se ajoelhou.
Seu coração ainda bate, e o mel ainda é doce.
Ele ainda lembra dos poetas, dos versos, dos muros, do mundo.
Ele sente saudade do nó da gravata, mas ele não quer guerra.
Só quer ser ninguém, sonha com o sorriso leal, tem fé.
Procura o deus imortal, no orvalho, nas ervas, em todos os signos
Do tempo em que transformavam modernidade em culpa, em lágrimas.
A era do desacreditar, do enfeitar, do tramar, do envolver
Deve ter um final, uma solução, e a inveja não deve fazer mais nenhuma vítima!
Ele diz que alguém desabrochou para a idéia, e adotou a função.
Alguém de sangue quente, sangue escuro, e de sensibilidade nas palavras,
Espírito lindo, um guerreiro sem armas e de caráter
Para promover o Apocalipse desarmado. A calma com força, o não aos males.
E a volta pra casa, agora, é esperança. Humanizar é missão que admiro!
Esqueça as lições da escola. Solte o brinquedo. Abra os olhos à floresta.
Diga não ao mal que vem do impostor. Seja servo da paz, sempre.
Escute os murmúrios de quem escravizou, enfrente, entregue o coração.
E se ainda é inseguro, se tem medo do vacilo, desacreditar? Sem chance!
Nada deixa a maldade confusa. Mas aconselho ameaçar a realidade dos famintos.
Acreditar na pedra ume do saber, voltar os olhos para o céu, ver além.
Pois humanidade contra humanidade não é viver, é fome, sim, é limo!
E pique de verme é como semente ingrata, é, deixa o sistema em coma,
E, xeque-mate! Certo, como o conselho que o rei deu! Plantem as metas, então!
Busquem as belezas do cerrado, da caatinga. Plantem a legítima flor.
E tenham a certeza que a lua não teria seu brilho sem nossas promessas
[floridas
Pois o valor de um bem-querer é demais, é como fonte de raio,
Fruto de cor, num sorriso que percorri.