segunda-feira, março 29, 2010

o porquê da demora

eis-me aqui
não como antes,
inédito,
reinventado...
[por isso a demora!]

fui perguntar ao pó,
que nada me disse!
fui [até] trabalhar
ser um cão
de aluguel

fui bastardo
e capitão
e um lutador
[precioso]

da Escócia
o penúltimo rei
em seu cotidiano
ocioso

eis-me aqui
demorei
por puro prazer
no suspense e no horror
de uma história sinistra
de Edgar Allan Poe

4 comentários:

Simplesmente Outono disse...

Certezas assustadoras, contundentes além do suportável. Magnitude: palavra perfeita visto tamanha grandeza de sentimentos. Corroboro com evidente verdade. Em determinado momento da história a vida nos impõe o seu basta esgotando toda e qualquer possibilidade de lutar contra. Perdermos as forças e involuntariamente abrimos a guarda. Assim, um dilema foi estabelecido. Lutar contra: dor infinitamente maior do que lutar a favor. Quando a luta é a favor não há dor, esta é a verdade. Saudade, muuuuita saudade das tuas letras. Com extremo carinho e respeito do mesmo Outono de sempre.

Isabella Brito disse...

Por puro prazer eu aceito e entendo. rs

Lindo!

*;*

Pedro Pinheiro disse...

sumiço pode ser bom pra nos reiventar, mas esse sangue esfria a qualquer hora.

Unknown disse...

Estava com saudade de ler você, então lembrei-me do seu blog e resolvi visitá-lo. Atitude essa da qual não me arrependo, pois chegando aqui deparei-me com essa poesia nova que me encantou. Adorei esse seu jeito de se expressar citando nomes de filmes... bastante criativo, como sempre. Um beijo com saudades.